segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Exclua seu ORKUT !


Quando desligo o telefone ainda estou a esfregar os olhos, quando paro pra pensar no que acabara de acontecer. Quase como um soco na cara me vem em mente a seguinte pergunta: “Orkut seria uma ferramenta de aproximação ou afastamento?”

O Orkut foi criado em 19 de Janeiro de 2004 e tem como objetivo ajudar seus membros a criar novas amizades e manter relacionamentos, mas agora que está a chave, será que essa ferramenta é utilizada assim como o objetivo de sua criação?

É fato que essa ferramenta se bem usada, se usada com fundamento pode ser muito benéfica, mas será que hoje não estamos dependentes desse tipo de ferramenta? Dependentes da tecnologia? Hoje o Orkut se tornou uma coisa tão “natural” que quem não tem um perfil é considerado “estranho”, é “incomum”. Será que essa dependência não está limitando nosso convívio social, convívio pessoal?

Hoje lembramos do aniversário do amigo não porque realmente nos importamos, mas sim porque o raio do Orkut praticamente te avisa: “Hey hoje é aniversário do fulaninho, mesmo que não conheça muito bem da um parabéns pro rapaz”

E lá se vem dezenas e dezenas de mensagens de pessoas que você nem fala direito, muitos desses mal falam com você no universo do real e me vêem com uma mensagem de 10 linhas como se fossemos melhores amigos, irmãos separados na maternidade. (da um tempo né, eee povo) E muitos daqueles que realmente se importam, que antes ligavam hoje se contentam em te deixar um “hehe legal td de bom Raphao”.

Ainda tem aquela assim: ”Quem é aquelazinha que te mandou um – oi gatinho???”

Isso soa como um olhar maldoso seguido de uma piscadela, uma passada de mão e troca de telefones. (aiiiiiiii, eu não tenho raios controle do que recebo ora bolas) Ou seja, as pessoas não tem mais discernimento que aquilo ali são apenas letras, interpretam aquilo como uma noite na cama. (dado estatístico Orkut maior ferramenta de ciúmes do planeta terra, FATO)

Mas as pessoas parecem ficar satisfeitas pois se acham no controle da situação. Existe uma sensação de falso controle quando temos ferramentas como aquela que você vê quem visitou seu orkut, ou ainda, a possibilidade de apagar scraps indesejados e não aceitar depoimentos. Realmente falso controle, porque primeiro você vê quem visitou seu perfil porém quem você visita também vê que você esteve por lá (dãhhhh) e isso é facilmente desativado nas configurações, ou seja, se você acha que tem controle de quem visita seu perfil, se engana.

Outra é achar que apagando os scraps vai manter a privacidade, apagar os scraps nada mais nada menos que carimba o fato de que “existem determinados scraps que não quero que ninguém leia”, senão não apagaria ué, quem não deve não teme. E se não quer que ninguém leia, porque tratar determinado assunto por scrap? (telefone serve pra isso)

O mais engraçado são as desculpas que se dá para a faxina de scraps, “Sem fofocas” (rs), essa é a pior de todas, porque não assumem que determinadas pessoas e assuntos não podem ser expostos? ou que ta paquerando via Orkut ou MSN cinco ao mesmo tempo e tem medo que uma leia mensagem da outra?

Hoje o Orkut deixou de ser uma boa ferramenta de relacionamentos para ser quase um vício na vida de muitos, quantas vezes meu mensageiro instantâneo (msn) não pisca com a reclamação de alguns conhecidos: “Nossa não consigo sair do orkut”. (cambada de fofoqueiros)

Mas porque essa dependência? O Orkut toca num ponto onde o ser humano é muito falho e explora muito bem isso, curiosidade, o problema é quando essa curiosidade se aguça demais em vidas alheias e se transforma em “fofoca”, atualmente o Orkut digamos é o maior veiculo de fofocas do mundo, para ter uma simples idéia da proporção do problema hoje é 15% do número de usuários são usuários falsos (fakes), pessoas criam usuários falsos para poder fofocar a vida dos outros sem problema de serem “pegos”, onde vamos parar. (subúrbio digital)

Mas falar de perfil falso é até contraditório, a pergunta mais complicada de se responder ao entrar no Orkut é “quem sou eu:”, já viu alguém colocando ali que é emburrado, tem crise existencial, que tem problemas pra se relacionar com pessoas, que tem crise de ciúmes histérica misturada com sensação de posse alheia conturbada? (meuu meuu meuuu)

Claro que não, no Orkut tenho que ser perfeito, lá sou legal, carinhoso, romântico, companheiro, sempre alegre, sorriso sempre na cara, adoro sair com os amigos, me alegrar e alegrar os outros. Pego minhas melhores fotos, faço um belo tratamento no Photoshop e coloco lá, no Orkut queremos ser sempre lindos, bacanas, a perfeição digital. Porém essa perfeição digital não retrata nossa realidade, nosso “perfil” no universo do real. Então olhando por esse lado, não seriam a maioria dos perfis falsos? Não o fato de mentirosos (muitos são) mas sim do fato de omissão de fatos que também fazem parte do “eu”. (afinal, quem sou eu? eita)

Ai que entra o grande limitador dessas barreiras, a grande coluna entre diferenciar o real do digital, a vida real da vida digital, o próximo digital do próximo real. Nós.

Atualmente vem existindo uma linha muito curta que separa o digital do real, hoje se começa namoro por msn e se termina por scrap ou sendo até mais discreto, por depoimento (vixxiiii maria), as pessoas não estão conseguindo visualizar as limitações do digital e tratam essa realidade como sendo verdadeira.

As pessoas cada vez mais estão trocando hábitos sociais que eram normais por letras digitadas por elas mesmas ou por outras pessoas. Hoje coisas como ir dar uma volta para conversar, ir na casa de amigos revê-los, um bom papo por telefone ou melhor ainda pessoalmente foram quase deixados de lado, se não deixados de lado diminuídos bastante, pois “já que posso mandar um scrap pra que vou ligar? se posso conversar no msn pra que vou na casa dele?”. Acabamos esquecendo que são letras, apenas letras. Ahn claro, letras e fotos muito bem trabalhadas e selecionadas a dedo. (rs)

Então? Orkut seria uma ferramenta de aproximação ou afastamento?

Não sou contra nenhum tipo de tecnologia, porém que sejam usadas com consciência. No final de tudo chegamos a um grande dito popular “tudo de mais estraga”.

Se não fosse pelo Orkut não encontraria amigos de longa data que perdi contato com o passar do tempo e se não fosse meu querido mensageiro instantâneo seria difícil manter contato com meus amigos de outros estados e paises.(até porque imagina a conta telefônica, to podendo não) Tudo depende do uso racional da coisa.

Toda tecnologia nova, ferramenta nova, tem um objetivo benéfico, porém para ele ter sucesso ou não nesse objetivo depende de uma das coisas mais complicadas que existe, nós. (ééé difícillll)

Hoje o tempo ta frio senão ia dar uma boa caminhada na praia, como não vai dar vou ficar aqui no Ork… quero dizer, tenho muito trabalho pra fazer.Quando desligo o telefone ainda estou a esfregar os olhos, quando paro pra pensar no que acabara de acontecer. Quase como um soco na cara me vem em mente a seguinte pergunta: “Orkut seria uma ferramenta de aproximação ou afastamento?”

O Orkut foi criado em 19 de Janeiro de 2004 e tem como objetivo ajudar seus membros a criar novas amizades e manter relacionamentos, mas agora que está a chave, será que essa ferramenta é utilizada assim como o objetivo de sua criação?

É fato que essa ferramenta se bem usada, se usada com fundamento pode ser muito benéfica, mas será que hoje não estamos dependentes desse tipo de ferramenta? Dependentes da tecnologia? Hoje o Orkut se tornou uma coisa tão “natural” que quem não tem um perfil é considerado “estranho”, é “incomum”. Será que essa dependência não está limitando nosso convívio social, convívio pessoal?

Hoje lembramos do aniversário do amigo não porque realmente nos importamos, mas sim porque o raio do Orkut praticamente te avisa: “Hey hoje é aniversário do fulaninho, mesmo que não conheça muito bem da um parabéns pro rapaz”

E lá se vem dezenas e dezenas de mensagens de pessoas que você nem fala direito, muitos desses mal falam com você no universo do real e me vêem com uma mensagem de 10 linhas como se fossemos melhores amigos, irmãos separados na maternidade. (da um tempo né, eee povo) E muitos daqueles que realmente se importam, que antes ligavam hoje se contentam em te deixar um “hehe legal td de bom Rapha”.

Ainda tem aquela assim: ”Quem é aquelazinha que te mandou um – oi gatinho???”

Isso soa como um olhar maldoso seguido de uma piscadela, uma passada de mão e troca de telefones. (aiiiiiiii, eu não tenho raios controle do que recebo ora bolas) Ou seja, as pessoas não tem mais discernimento que aquilo ali são apenas letras, interpretam aquilo como uma noite na cama. (dado estatístico Orkut maior ferramenta de ciúmes do planeta terra, FATO)

Mas as pessoas parecem ficar satisfeitas pois se acham no controle da situação. Existe uma sensação de falso controle quando temos ferramentas como aquela que você vê quem visitou seu orkut, ou ainda, a possibilidade de apagar scraps indesejados e não aceitar depoimentos. Realmente falso controle, porque primeiro você vê quem visitou seu perfil porém quem você visita também vê que você esteve por lá (dãhhhh) e isso é facilmente desativado nas configurações, ou seja, se você acha que tem controle de quem visita seu perfil, se engana.

Outra é achar que apagando os scraps vai manter a privacidade, apagar os scraps nada mais nada menos que carimba o fato de que “existem determinados scraps que não quero que ninguém leia”, senão não apagaria ué, quem não deve não teme. E se não quer que ninguém leia, porque tratar determinado assunto por scrap? (telefone serve pra isso)

O mais engraçado são as desculpas que se dá para a faxina de scraps, “Sem fofocas” (rs), essa é a pior de todas, porque não assumem que determinadas pessoas e assuntos não podem ser expostos? ou que ta paquerando via Orkut ou MSN cinco ao mesmo tempo e tem medo que uma leia mensagem da outra?

Hoje o Orkut deixou de ser uma boa ferramenta de relacionamentos para ser quase um vício na vida de muitos, quantas vezes meu mensageiro instantâneo (msn) não pisca com a reclamação de alguns conhecidos: “Nossa não consigo sair do orkut”. (cambada de fofoqueiros)

Mas porque essa dependência? O Orkut toca num ponto onde o ser humano é muito falho e explora muito bem isso, curiosidade, o problema é quando essa curiosidade se aguça demais em vidas alheias e se transforma em “fofoca”, atualmente o Orkut digamos é o maior veiculo de fofocas do mundo, para ter uma simples idéia da proporção do problema hoje é 15% do número de usuários são usuários falsos (fakes), pessoas criam usuários falsos para poder fofocar a vida dos outros sem problema de serem “pegos”, onde vamos parar. (subúrbio digital)

Mas falar de perfil falso é até contraditório, a pergunta mais complicada de se responder ao entrar no Orkut é “quem sou eu:”, já viu alguém colocando ali que é emburrado, tem crise existencial, que tem problemas pra se relacionar com pessoas, que tem crise de ciúmes histérica misturada com sensação de posse alheia conturbada? (meuu meuu meuuu)

Claro que não, no Orkut tenho que ser perfeito, lá sou legal, carinhoso, romântico, companheiro, sempre alegre, sorriso sempre na cara, adoro sair com os amigos, me alegrar e alegrar os outros. Pego minhas melhores fotos, faço um belo tratamento no Photoshop e coloco lá, no Orkut queremos ser sempre lindos, bacanas, a perfeição digital. Porém essa perfeição digital não retrata nossa realidade, nosso “perfil” no universo do real. Então olhando por esse lado, não seriam a maioria dos perfis falsos? Não o fato de mentirosos (muitos são) mas sim do fato de omissão de fatos que também fazem parte do “eu”. (afinal, quem sou eu? eita)

Ai que entra o grande limitador dessas barreiras, a grande coluna entre diferenciar o real do digital, a vida real da vida digital, o próximo digital do próximo real. Nós.

Atualmente vem existindo uma linha muito curta que separa o digital do real, hoje se começa namoro por msn e se termina por scrap ou sendo até mais discreto, por depoimento (vixxiiii maria), as pessoas não estão conseguindo visualizar as limitações do digital e tratam essa realidade como sendo verdadeira.

As pessoas cada vez mais estão trocando hábitos sociais que eram normais por letras digitadas por elas mesmas ou por outras pessoas. Hoje coisas como ir dar uma volta para conversar, ir na casa de amigos revê-los, um bom papo por telefone ou melhor ainda pessoalmente foram quase deixados de lado, se não deixados de lado diminuídos bastante, pois “já que posso mandar um scrap pra que vou ligar? se posso conversar no msn pra que vou na casa dele?”. Acabamos esquecendo que são letras, apenas letras. Ahn claro, letras e fotos muito bem trabalhadas e selecionadas a dedo. (rs)

Então? Orkut seria uma ferramenta de aproximação ou afastamento?

Não sou contra nenhum tipo de tecnologia, porém que sejam usadas com consciência. No final de tudo chegamos a um grande dito popular “tudo de mais estraga”.

Se não fosse pelo Orkut não encontraria amigos de longa data que perdi contato com o passar do tempo e se não fosse meu querido mensageiro instantâneo seria difícil manter contato com meus amigos de outros estados e paises.(até porque imagina a conta telefônica, to podendo não) Tudo depende do uso racional da coisa.

Toda tecnologia nova, ferramenta nova, tem um objetivo benéfico, porém para ele ter sucesso ou não nesse objetivo depende de uma das coisas mais complicadas que existe, nós. (ééé difícillll)

Hoje o tempo ta frio senão ia dar uma boa caminhada na praia, como não vai dar vou ficar aqui no Ork… quero dizer, tenho muito trabalho pra fazer.

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